Agora já deve ser tudo normal.

Maria Rosário Gama, professora de Coimbra e militante do PS, foi convidada por Ana Drago para integrar a lista de candidatos a deputados do Bloco de Esquerda. O marido da professora, José Gama, também ele militante do PS, escreveu uma carta a reagir contra esta atitude da deputada do BE, na qual se pode ler o seguinte:
    Tenho que manifestar a minha imensa revolta pela falta de coerência e sentido ético por parte dos vossos dirigentes, pois se é assim tão grave o convite a Joana Amaral, como não considerar grave o convite recente feito por dirigentes bloquistas a militantes do PS com vista a encabeçarem listas às eleições autárquicas?
post do Miguel Abrantes na Câmara Corporativa

CLAC


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A Verdade da "Política da Verdade" - Parte III


Notícia interessante...


...só é pena que seja divulgada apenas pela imprensa internacional, neste caso a BBC, ou o The Guardian.




Porque para a imprensa portuguesas só interessam as notícias que nos retratam de forma negativa, porque o contrário não vende, logo não se publica.
Porque essa coisa chamada de informação já não tem interesse nenhum, com notícias destas não se pode dizer mal de ninguém, ainda vão ter que dizer bem do homem que quis marrar no PCP, e isso para alguns "senhores" da nossa praça é uma bela porra, é algo que não se pode fazer, em nome da maledicência tipicamente lusa.



Só cá faltava este!

A partir do dia 1 de Julho vai nascer um novo jornal semanário, parece que vai ter um preço de capa de €1, que terá 32 páginas, uma tiragem na ordem dos 30 000 exemplares, etc.
E que segundo António Manuel, director da editora Vozes e Prosas detentora do jornal, vai ser uma " voz interactiva, única e independente", e que para cumprir este preceito vai ter como colunistas pessoas como António Balbino Caldeira, Otelo Saraiva de Carvalho, Manuel Monteiro e Zeferino Boal.
Até aqui tudo normal, não fosse este Sr. Boal ser o militante do CDS-PP responsável pela carta anónima, que afinal não era assim tão anónima, e que tinha como único objectivo implicar José Sócrates no Caso Freeport.

Chego à conclusão que acusar pessoas sem fundamento, incorrendo num crime de difamação e de falsos testemunhos é o melhor caminho para ganhar umas coroas, já que este tipo de comportamento dá direito a ter tempo de antena, escrevendo uma colunazinha semanal num qualquer jornal. Para não falar na falta de actuação em conformidade por parte da justiça portuguesa.


A Verdade da "Política da Verdade" - Parte II


Outra questão que ainda hoje está por explicar é a operação de cedência de créditos fiscais e da Segurança Social ao Citigroup, decidida pela ministra das finanças Dr.ª Manuela Ferreira Leite em 2003, e que se tem mostrado bastante ruinosa para o Estado português, medida que na altura serviu para esconder um défice das contas publicas de 5,3 % baixando-o para os 1,8% apresentados pelo Governo.

Relembremos que o Estado vendeu ao Citigroup 11,4 mil milhões de euros de créditos fiscais e da segurança social, anteriores a Dezembro de 2003, pelo valor de 1,76 mil milhões de euros.

Entretanto e Estado teve que substituir créditos que se mostraram incobráveis, por outros cobráveis, relativamente a este assunto a então ministra das finanças relativizou o assunto garantindo "que a taxa de substituição desses créditos não seria superior a um dígito." Mas o que se passou na realidade foi que "em vez de uma taxa de substituição inferior a dez por cento, o negócio com o Citigroup acabou por traduzir-se na substituição de 33% do total de créditos cedidos àquele grupo financeiro norte-americano", valor que ascende a 3,74 mil milhões.

E agora Dr.ª Ferreira Leite? Que tal explicar bem este negócio, que é porventura o mais ruinoso negócio feito pelo Estado português desde que vivemos em democracia.


A Verdade da "Política da Verdade" - Parte I

A líder do PSD, Manuela Ferreira Leite, veio acusar o Governo, e principalmente o Primeiro-Ministro de estarem a usar a golden-share que o Estado tem na Portugal Telecom (PT), para lavarem a cara das trapalhadas que têm feito, isto depois de o Governo ter-se oposto ao negócio da compra de 30% da Media Capital por parte da PT. Isto porque o PSD afirmava que este negócio só servia para o Governo controlar a redacção de informação da TVI, que é notoriamente adversa ao Primeiro-Ministro, acusando assim o PS de usar a PT para beneficio próprio, considerando que uma situação destas é uma vergonha, que é uma falta de sentido de Estado, e que é uma instrumentalização do regime por parte do Partido Socialista.


Agora vamos à verdade que a política da verdade do PSD se "esquece" de mencionar,

  • A golden-share não foi usada, o Governo limitou-se a informar a PT que não concordava com o negócio;
  • A Dr.ª Ferreira Leite devia explicar aos portugueses como é que controla uma empresa detendo apenas 30% do capital social, deve ter inventado algum novo paradigma económico que é para todos nós desconhecido;
  • Ficámos todos a saber que o PSD e a Dr.ª Ferreira Leite não têm vergonha nem qualquer sentido de Estado, ou já se esqueceu do negócio que obrigou a PT a fazer, levando-a a comprar a rede fixa ao Estado por 365 milhões de Euros, muito abaixo do seu real valor;
  • Este último ponto mostra como a Dr.ª Ferreira Leite também gosta de vez em quando de lavar a cara, já que este negócio com a PT, juntamente com a venda da exploração da CREL à Brisa, por 288 milhões de Euros, serviu exclusivamente para desorçamentar e mascarar o verdadeiro valor do défice público. Ver aqui.

De vez em quando vão mostrando a massa de que são feitos

Esta deve ser a forma de debate parlamentar defendida pelo Bloco de Esquerda sempre que uma resposta não lhes agrada, desta vez a protagonista foi a deputada Ana Drago, que só faltou pôr-se em cima da bancada aos saltos.

Quem não este pelos ajustes foi José António Seguro, que em poucos segundos ensinou-lhe as regras da boa educação, e de como as pessoas se devem comportar em sociedade.


A SLN e as "acções" de Cavaco Silva

Na última edição do jornal Expresso  (Sábado 29/05/2009), é dito que Cavaco Silva em 2001, juntamente com a sua filha, adquiriu 250.000 acções da Sociedade Lusa de Negócios a €1 cada acção, e que dois anos mais tarde vendeu as mesmas acções por €2,40 cada.

Todos os partidos políticos (com a excepção do Partido Socialista) desvalorizaram, chegando mesmo a atacar o teor da notícia, adjectivando-a de fait-divers, declaram que foi um negócio normal de compra e venda de acções, no mercado de capitais, onde fazem uma notória confusão com o BPN, como pode ser comprovado aqui.

O problema é que este tipo de negócios só podiam ser feitos através do Conselho de Administração da dita empresa (Conselho esse que era liderado por Oliveira e Costa), visto esta não estar, nem nunca ter estado, cotada em bolsa. A única empresa com ligações à holding Sociedade Lusa de Negócios, SA, que esteve cotada em bolsa foi o Banco Português de Negócios (BPN).

O facto é que Cavaco Silva devia explicar aos portugueses os contornos deste negócio para que não restem dúvidas de qualquer espécie. E nada disto se passava se em Novembro último depois de este assunto já ter sido alvitrado, a Presidência da República não tivesse escondido tal facto aquando de uma tentativa de clarificação. Aqui.

Para defesa do seu bom nome, para uma melhor transparência da política em geral, algo que é recorrente nas suas mensagem à Nação, o melhor mesmo é explicar-se.

Partida

Este blog começa hoje, o seu objectivo é somente o de analisar/comentar os factos políticos nacionais, e por vezes e com uma menor frequência a política internacional.

Não me peçam para ser imparcial, poderei sê-lo em determinado momento, e em determinadas matérias, mas com toda a certeza que não o serei na maioria das vezes.

Este espaço destina-se essencialmente para que haja uma discussão livre e franca, entre o "Je" e quem achará que vale a pena deixar um comentário.


 
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